segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

[capítulo 7] Como todos foram parar no hospício!

Em poucos minutos, todos os aparelhos foram postos em seus lugares.
-Vamos amarra-lo, não podemos correr o risco desse louco tentar fugir novamente.
Os médicos pareciam estar muito enraivecidos, Martin conseguira conquistar a antipatia de toda a
equipe do hospital.
Além de amarrado, Martin estava sedado e, uma gama de dores das mais diferentes intensidades o assolava. Era engraçada a sensação que aqueles remédios proporcionavam, ao mesmo tempo que paralisavam seu corpo, não afetavam sua mente.
Mergulhado de forma íntima em seus princípios, Martin revia o que realmente valia a pena, o que poderia ser levado consigo depois daquilo. Todos os valores eram revistos, bondade, amor, compreensão, cuidado, sobriedade, egoísmo de forma que, tudo era tratado com igual respeito e desprezo.
Na manhã seguinte, Evelyn resolveu visitar Martin, passara em uma loja e comprara uma dúzia de trufas-de todas as cores e sabores, tamanhos e formas- como só ela poderia comprar.
- O quarto de Martin Vargas por favor- o tom de Evy era suave, descompromissado e leve.
- Quarto 71, fica no segundo andar - a recepcionista respondeu no mesmo tom suave.
Alguns passos até um corredor, levaram Evy ao elevador. O elevador era amplo, cheio de espelhos e com uma tela que exibia as notícias mais recentes.Era difícil resistir aos espelhos, mas uma notícia parecia mais digna de atenção que o instinto Narcisista: "Após acidente, policia investiga possível participação do publicitário Martin Vargas em assalto."
-Ridículo! Mídia sensacionalista, tudo por uma boa venda e audiência.
A revolta de Evy era compreensível, qualquer ficaria muito fulo por ver o nome de alguém íntimo difamado.
O ódio era tanto que Evy nem se deu conta de que não havia apertado o botão número 2, ainda estava no térreo, não se movera.[continua]